JULGAR:
somos
juízes ou temos juízo?

Portanto,
refletir sobre o julgamento que fazemos acerca do que e daqueles que estão ao
nosso redor é fundamental. Mas, como julgar? E, será mesmo necessário ficar
sempre dizendo para nós mesmo e para mundo quem está e o que está certo ou
errado?
No texto que lemos expõe um
diálogo de Jesus com um homem muito importante, um doutor da Lei, um dos
principais, chamado Nicodemos. Jesus fala sobre o novo nascimento, fala sobre o
Espírito Santo, fala das coisas que vem do alto, enfim, Jesus ministra ao
coração deste homem coisas profundas, princípios espirituais difíceis de
compreender.
Isso tudo, Ele fez, para que o
letrado Nicodemos pudesse entender o que ele estava prestes a fazer, morrer pelos pecadores. Então, neste
momento, Jesus, estabelece um ponto de contato com o doutor quando cita o que
Moisés fez no deserto. No site, aBíblia.org
explica isso da seguinte maneira:
Como muitas
vezes aconteceu durante a caminhada, o povo, devido aso sofrimentos causados
pela vida dura do deserto, perdeu a paciência e reclamou de Moisés e de Deus
dizendo: "Por que nos fizestes sair do Egito para morrer
neste deserto?" Deus então castigou o povo, enviando serpentes
que mordiam as pessoas. Muita gente morreu. Moisés intercedeu junto a Deus e
Ele disse a Moisés para fazer uma serpente de bronze e colocá-la numa haste.
Quem, mordido por uma serpente, contemplasse aquela serpente de bronze erguida
em uma haste vivia (Números
21,4-9).[1]
O povo murmurou e padeceu no
deserto. Muitos morreram picados por serpente, mas Deus providenciou um meio de
salvação, a serpente de bronze. Quando as pessoa erguiam seus olhos e viam ao
alto daquela haste a serpente talhada eles eram curados. É sobre isso que Jesus
estava falando, para entender o mover, o agir de Deus é preciso olhar para o
alto, aliás, Ele mesmo disse que vinha do alto e por isso era capaz de revelar
o conhecimento do alto.
Então, a conversa chega num
momento crucial. Jesus disse a Nicodemos que seu propósito era cumprir o seu
chamado, seu propósito. Ele veio para salvar o mundo e não para condenar. Suas
missão era muito mais elevada!
Jesus veio para proclamar
salvação àqueles que precisavam de orientação, cura, libertação, cuidado, ajuda.
Quem sabe com isso, possamos ver se desenhando de maneira muito sutil uma terrível critica aquela religião cheia de
dogmas e preconceitos, os quais, mais impedem as pessoas de se achegar a Deus
do que, necessariamente, cumprir seu propósito primeiro que é religar as
pessoas a Deus. Religião é religare
em latim, ou seja é um meio de unir o que foi quebrado ou separado em algum
momento no relacionamento do homem com Deus.
Acreditamos que esta crítica seja
muito plausível e relevante para uma reflexão da Igreja de Cristo, ou seja, de
nós mesmo como Igreja, e nos perguntarmos: nossas práticas tem mais aproximado
as pessoas de Deus, ou impedido que elas se voltem para Ele? O que eu falo, o
que eu penso, o que eu faço atrai as pessoas para Deus e para seu grande amor
ou afasta, criando barreiras intransponíveis aos que estão longe da graça de
Deus?
Jesus veio para salvar o mundo,
todo aquele que nele crê será salva. A religião condena, porque está mais
preocupada em classificar santos dos pecadores, os certos dos errados. Cuidado
com seu julgamento em relação aqueles que estão ao seu redor; seja crítico, mas
seja também capaz de amar; seja criterioso, mas seja capaz de perdoar. Jesus
preferiu não julgar, porque quem julga condena. Não julgue, porque da mesma
maneira como julgas serás julgado (Mt 7.2).
Porque Deus
enviou o seu Filho ao mundo, não para que condenasse o mundo, mas para que o
mundo fosse salvo por ele. (João 3.17)
Pense nisso!
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