quarta-feira, 13 de abril de 2016

JULGAR: somos juízes ou temos juízo?



JULGAR:
somos juízes ou temos juízo?

Muito bem... temos diante de nós um tema muito importante e refletir sobre ele é extremamente necessário. É importante porque fala sobre o que somos tentados a fazer todos os dias, pois estamos sempre julgado pessoas e situações, algumas vezes chegamos a conclusões corretas e, outras, somos levados a repesar nossos conceitos.

Portanto, refletir sobre o julgamento que fazemos acerca do que e daqueles que estão ao nosso redor é fundamental. Mas, como julgar? E, será mesmo necessário ficar sempre dizendo para nós mesmo e para mundo quem está e o que está certo ou errado?

No texto que lemos expõe um diálogo de Jesus com um homem muito importante, um doutor da Lei, um dos principais, chamado Nicodemos. Jesus fala sobre o novo nascimento, fala sobre o Espírito Santo, fala das coisas que vem do alto, enfim, Jesus ministra ao coração deste homem coisas profundas, princípios espirituais difíceis de compreender.

Isso tudo, Ele fez, para que o letrado Nicodemos pudesse entender o que ele estava prestes a fazer, morrer pelos pecadores. Então, neste momento, Jesus, estabelece um ponto de contato com o doutor quando cita o que Moisés fez no deserto. No site, aBíblia.org explica isso da seguinte maneira:

Como muitas vezes aconteceu durante a caminhada, o povo, devido aso sofrimentos causados pela vida dura do deserto, perdeu a paciência e reclamou de Moisés e de Deus dizendo: "Por que nos fizestes sair do Egito para morrer neste deserto?" Deus então castigou o povo, enviando serpentes que mordiam as pessoas. Muita gente morreu. Moisés intercedeu junto a Deus e Ele disse a Moisés para fazer uma serpente de bronze e colocá-la numa haste. Quem, mordido por uma serpente, contemplasse aquela serpente de bronze erguida em uma haste vivia (Números 21,4-9).[1]

O povo murmurou e padeceu no deserto. Muitos morreram picados por serpente, mas Deus providenciou um meio de salvação, a serpente de bronze. Quando as pessoa erguiam seus olhos e viam ao alto daquela haste a serpente talhada eles eram curados. É sobre isso que Jesus estava falando, para entender o mover, o agir de Deus é preciso olhar para o alto, aliás, Ele mesmo disse que vinha do alto e por isso era capaz de revelar o conhecimento do alto.
Então, a conversa chega num momento crucial. Jesus disse a Nicodemos que seu propósito era cumprir o seu chamado, seu propósito. Ele veio para salvar o mundo e não para condenar. Suas missão era muito mais elevada!

Jesus veio para proclamar salvação àqueles que precisavam de orientação, cura, libertação, cuidado, ajuda. Quem sabe com isso, possamos ver se desenhando de maneira muito sutil  uma terrível critica aquela religião cheia de dogmas e preconceitos, os quais, mais impedem as pessoas de se achegar a Deus do que, necessariamente, cumprir seu propósito primeiro que é religar as pessoas a Deus. Religião é religare em latim, ou seja é um meio de unir o que foi quebrado ou separado em algum momento no relacionamento do homem com Deus.

Acreditamos que esta crítica seja muito plausível e relevante para uma reflexão da Igreja de Cristo, ou seja, de nós mesmo como Igreja, e nos perguntarmos: nossas práticas tem mais aproximado as pessoas de Deus, ou impedido que elas se voltem para Ele? O que eu falo, o que eu penso, o que eu faço atrai as pessoas para Deus e para seu grande amor ou afasta, criando barreiras intransponíveis aos que estão longe da graça de Deus?

Jesus veio para salvar o mundo, todo aquele que nele crê será salva. A religião condena, porque está mais preocupada em classificar santos dos pecadores, os certos dos errados. Cuidado com seu julgamento em relação aqueles que estão ao seu redor; seja crítico, mas seja também capaz de amar; seja criterioso, mas seja capaz de perdoar. Jesus preferiu não julgar, porque quem julga condena. Não julgue, porque da mesma maneira como julgas serás julgado (Mt 7.2).

Porque Deus enviou o seu Filho ao mundo, não para que condenasse o mundo, mas para que o mundo fosse salvo por ele. (João 3.17)
Pense nisso!


[1] http://www.abiblia.org/ver.php?id=2116
 

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