sábado, 26 de março de 2016

ELE NÃO ESTÁ AQUI!



Ele não está aqui; ressuscitou, como tinha dito. Vinde ver onde ele jazia.”
Mateus 28.6

A PÁSCOA é, literalmente, passagem. Tanto no AT quanto no NT vemos esta evidência, ou seja, Moisés celebrou a páscoa e a institui para lembrar a maneira poderosa que o Senhor operou a libertação do seu povo sofredor cativo no Egito, levando os escravos hebreus para terra da libertação, chamada Canaã. Deus ouviu o clamor do seu povo e foi-lhe ao encontro.
No Novo Testamento, Jesus, por meio do milagre da encarnação, o Emanuel esteve junto aos seus e junto a todos os que clamavam por salvação para conduzi-los a um novo caminho de paz e de graça. Jesus disse: Vinde à mim todos vós que estais cansados e sobrecarregados... (Mt 11.28), e por estes e por todos nós Ele foi até o fim.
O Senhor viveu, sofreu e morreu por todos nós, e quando o mundo pensou que já havia chegado ao fim, o milagre da ressurreição acontece, e a nova páscoa é celebrada! Não mais a páscoa da lembrança, da história, mas a páscoa da nova vida em Cristo, a páscoa da vida eterna!
Portanto, o advento PÁSCOA é a celebração da nova vida, das possibilidades de Deus em meio as impossibilidades do mundo; é a chamada de Deus para todos os que desejam uma nova chance. Pensando nisso queremos propor uma reflexão sobre este versículo bíblico: “Ele não está aqui; ressuscitou, como tinha dito. Vinde ver onde ele jazia.” (Mt 28.6).
A ideia que propomos para nossa reflexão é: Onde temos procurado por Jesus? As mulheres que saíram ao seu encontro não puderam acha-lo porque o procuraram onde Ele não mais se encontrava. O túmulo serviu apenas para encerrar uma importante etapa no ministério do Salvador do mundo, ali foi o lugar e é até hoje apenas a referência para todos, afim de mostrar que o preço foi pago, onde, um morreu pelo pecado de todos, onde o santo se entregou para salvar os pecadores. No entanto, Jesus não permaneceu naquela catacumba, Ele ressuscitou!
Nos dias que vivemos, onde tem se falado de Jesus em tantos lugares e por meio de tantos veículos de comunicação, entendemos que seja essencial fazermos este questionamento: onde temos procurado por Jesus? Será que é possível encontra-lo em todos os lugares onde seu nome tem sido falado? A resposta mais acertada, talvez seja, nem todos os lugares onde se fala o nome de Jesus significa, necessariamente, que ali ele esteja.
Há muitos lugares onde as pessoas tem buscado encontrar Jesus, lugares estes, que se assemelham a um túmulo. Em que sentido? Lugares frios e sem vida, onde se cultiva uma religiosidade cheia de ritos mortos que não são capazes de gerar fé nem vida, somente uma constante repetição de algo que nunca leva a lugar algum.
Por outro lado, há espaços onde vemos beleza, riqueza, e podemos sentir o aroma agradável das flores, mas ao entrarmos descobrimos, que em seu interior, continua cheirando mal, pois é lugar de “gente morta”, e onde tem gente morta não cheira bem. Você pode estar se perguntando: o que será que isso quer dizer? Para respondemos e esclarecermos esta questão, lembramos a passagem do Evangelho de Mateus, 7.22-23:
22 Muitos, naquele dia, hão de dizer-me: Senhor, Senhor! Porventura, não temos nós profetizado em teu nome, e em teu nome não expelimos demônios, e em teu nome não fizemos muitos milagres?
 23 Então, lhes direi explicitamente: nunca vos conheci. Apartai-vos de mim, os que praticais a iniqüidade.

Há muitos milagres sendo anunciados, muitos contos maravilhosos acontecendo, mas não servem aos olhos do Senhor porque não o são para glorifica-lo, tão somente servem para usa-lo, em benefício próprio, para se promoverem (tanto indivíduos, quanto instituição). Esse tipo de feito, não tem efeito aos olhos do Senhor ressurreto. É fácil encontrar boa música, apresentações e palestras muito interessantes, mas, onde há pessoas cheias de si mesmas, não há espaço para o Cristo de Deus.
Há muitas pessoas procurando Jesus em muitos lugares, mas não tem encontrado porque estão procurando em lugar errado. O Cristo ressurreto continua com aqueles que o buscam com sinceridade de coração, com o contrito e abatido de alma, com aqueles que querem viver, não um esquema de discipulado, mas o discipulado que segue o Senhor e o encontra em sua Palavra. Veja o que Mateus registra, 24.23-24:
23 Então, se alguém vos disser: Eis aqui o Cristo! Ou: Ei-lo ali! Não acrediteis;
 24 porque surgirão falsos cristos e falsos profetas operando grandes sinais e prodígios para enganar, se possível, os próprios eleitos.

Outra questão que propomos é: Jesus é aquele que só pode ser encontrado nas alturas. No livro de Atos dos Apóstolos lemos logo no início, que o Senhor foi assunto aos céus, e que aqueles que o observavam não mais puderam vê-lo porque ele foi encoberto pelas nuvens, e foi para junto do Pai.
Em Efésio diz:

...ressuscitando-o dentre os mortos e fazendo-o sentar à sua direita nos lugares celestiais, acima de todo principado, e potestade, e poder, e domínio, e de todo nome que se possa referir não só no presente século, mas também no vindouro. 1.20-21

Por isso, diz: Quando ele subiu às alturas, levou cativo o cativeiro e concedeu dons aos homens. 4.8
Jesus é aquele que está nas alturas. Quando ressuscitou foi-lhe restituído o lugar de honra junto ao Pai; Jesus está a destra do Pai onde intercede por nós e se põe acima de tudo e de todos! Ele foi para junto do Pai para nos preparar lugar e voltar para nos levar para junto dele e lá permanecermos para todo sempre. Ele nos deixou seu Santo Espírito, o Consolador, para nos fazer a fé queimar no coração e nos conduzir até aquele dia em que nos encontraremos nas nuvens.
O versículo 6 do texto lido inicialmente termina falando do túmulo vazio, ao convidar as mulheres para verem que o “túmulo onde ele jazia”, também somos convidados para, como homens e mulheres de fé, a lembrar que ele não mais está preso pelas correntes da morte, mas vive e continua presente em nossa vida para continuarmos nossa caminhada até o dia final.
Paulo, ao escrever aos Coríntios diz: “Se a nossa esperança em Cristo se limita apenas a esta vida, somos os mais infelizes de todos os homens.” (1Co 15.19) Jesus quer ser encontrado, e o convite está lançado: “E eis que Jesus veio ao encontro delas (das mulheres) e disse: Salve! E elas, aproximando-se, abraçaram-lhe os pés e o adoraram. Então, Jesus lhes disse: Não temais! Ide avisar a meus irmãos que se dirijam à Galiléia e lá me verão.” Mt 28.9-10

A mensagem do Cristo ressurreto continua a ecoar pelos séculos dos séculos, sendo esta, a mesma que ele falou às mulheres que foram ao sepulcro vazio: não temais, ide avisar meus irmãos e que estes estejam na Galiléia. O que isto quer dizer? Primeiro, não temam porque o nosso Senhor vive e viverá para todo sempre; segundo, que os que o encontram também se comprometam em avisar aqueles que ainda o procuram sem encontrar; terceiro, o lugar para nos encontrarmos com o Senhor é a “Galiléia”, ou seja, o lugar onde estão os pobres e necessitados, os cegos, os abatidos de alma, os doentes que não tem médico, resumindo, nos encontraremos com o Senhor quando colocarmos a mão no arada, e sem olhar para traz, seguirmos em direção ao autor e consumador da nossa fé!
A mensagem da Páscoa fala do túmulo vazio, assim como nos fala de desafios. Os que creem e recebem o Cristo ressuscitado, também devem ser arautos a proclamar a mensagem de salvação ao mundo, para que todos possam encontrar em Jesus a resposta para seus dilemas.
O túmulo está vazio, mas nossos corações devem estar cheios de fé, esperança e amor.
FELIZ PÁSCOA!!!

Nenhum comentário:

Postar um comentário