domingo, 28 de fevereiro de 2016

Vencendo crises e privações: JESUS passou por isso, e disse: “No mundo tereis aflições, mas tende bom animo eu venci o mundo”. Jo 16.33




Nós vivemos num mundo cheio de impossibilidades. Estamos passado por um momento em que a economia está instável, a inflação cresce e as crises políticas, bem como a falta de planejamento por parte do governo, aumenta o chamado risco-Brasil, nos colocando como nação entre os maus pagadores. A coisa não vai bem...

Falar sobre isso, as vezes, parece ser algo que está meio distante, mesmo quando sentimos que nosso salário esta comprando menos aos irmos ao supermercado ou ao entrarmos numa loja, ou ainda, ao sairmos com nossa família para um passeio numa pizzaria. Mas, vamos falar das coisas que acontecem dentro da casa da gente.

Existem dores, dificuldades, tristezas, lutas, necessidades, que ninguém sabe mas está acontecendo com você, hoje mesmo, quem sabe... momentos antes de você sair de sua casa para participar do culto na igreja. Pensando nisso, vamos ler de um texto no livro de Hebreus 2.17-18:

Por isso mesmo, convinha que, em todas as coisas, se tornasse semelhante aos irmãos, para ser misericordioso e fiel sumo sacerdote nas coisas referentes a Deus e para fazer propiciação pelos pecados do povo. Pois, naquilo que ele mesmo sofreu, tendo sido tentado, é poderoso para socorrer os que são tentados.
E ainda:
Porque não temos sumo sacerdote que não possa compadecer-se das nossas fraquezas; antes, foi ele tentado em todas as coisas, à nossa semelhança, mas sem pecado. Acheguemo-nos, portanto, confiadamente, junto ao trono da graça, a fim de recebermos misericórdia e acharmos graça para socorro em ocasião oportuna. Hebreus 4.15-16

Por meio desta palavra queremos apenas lembrar que Jesus passou pelas várias crises humanas e pode trazer consolo, esperança e vitória diante das suas crises e privações pelas quais, talvez você esteja passando. Então, diante destas considerações vamos pensar sobre algumas crises humanas que, quem sabe, também não sejam as suas, não é?

·         Você tem problema de relacionamento? Jesus já passou por isso, e disse: “No mundo tereis aflições, mas tende bom animo eu venci o mundo”. Jo 16.33
a.       Jesus foi perseguido pelos escribas e fariseus
b.      Jesus lidou com gente difícil e temperamental, seus discípulos
c.       Jesus estava rodeado de gente interesseira (multidão)

·         Você tem passado por privações? Jesus já passou por isso, e disse: “No mundo tereis aflições, mas tende bom animo eu venci o mundo”. Jo 16.33
a.      Jesus não tinha onde descansar: Mas Jesus lhe respondeu: As raposas têm seus covis, e as aves do céu, ninhos; mas o Filho do Homem não tem onde reclinar a cabeça. Mt 8.20
b.      Jesus teve que enfrentar o Deserto, onde padeceu necessidade e foi tentado


·         Você já foi abandonado? Jesus já passou por isso, e disse: “No mundo tereis aflições, mas tende bom animo eu venci o mundo”. Jo 16.33
a.       Primeiramente por Judas Iscariotes, quando o traiu
b.      Depois, por Pedro que o negou, quando teve três vezes a chance de demonstrar a sua fidelidade
c.       E ainda, abandonado por todos, tanto discípulos como os muitos que o seguiam, no momento em que Ele mais precisava da companhia dos amigos e familiares, ou seja, na hora da sua prisão, dos açoites, da via dolorosa, na hora da crucificação!

·         Você já experimentou o luto? Jesus já passou por isso, e disse: “No mundo tereis aflições, mas tende bom animo eu venci o mundo”. Jo 16.33
a.       Ele chorou por seu amigo Lázaro
b.      Ele socorreu a mãe, Lucas 7: 13 Vendo-a, o Senhor se compadeceu dela e lhe disse: Não chores! 14 Chegando-se, tocou o esquife e, parando os que o conduziam, disse: Jovem, eu te mando: levanta-te! 15 Sentou-se o que estivera morto e passou a falar; e Jesus o restituiu a sua mãe.
c.       A filha de Jairo, o maior da sinagoga dos judeus

 ·    Você já sofreu ou sofre injustiça? Jesus já passou por isso, e disse: “No mundo tereis aflições, mas tende bom animo eu venci o mundo”. Jo 16.33
a.       Jesus foi acusado e incriminado injustamente
b.      Jesus foi preso e condenado a morte por causa da injustiça dos homens
c.       Jesus carregou a Cruz que não era dele, Ele carregou a cruz de Barrabás, um cruz maior e mais pesada, porque os homens o rejeitaram. Rejeitaram o Filho de Deus.

Esta parece ser uma mensagem que nos deixa entristecidos, no entanto, não poderíamos jamais pensar desta maneira. Jesus não foi apenas uma simples vítima das circunstâncias, pois ele, mesmo em meio as suas maiores dificuldades nos ensinou a enfrentar as situações como um vencedor e não como um derrotado.

Tudo isso porque Jesus sempre soube:
1.      Quem ele era (sua identidade)
2.      De onde tinha vindo (suas origens)
3.      Para que estava vivendo (seu chamado e missão)
4.      Para onde iria (de volta para os braços do Pai na eternidade)

Portanto, Jesus nos deixou uma mensagem de consolo: Ele já passou por todas as crises e privações, e disse: “No mundo tereis aflições, mas tende bom animo eu venci o mundo” (Jo 16.33), mas é necessário que assim como Jesus, sejamos cristãos conscientes de nossas origens, de nossa identidade, de nosso chamado e de nosso destino. E Agora? "Como será?"

quinta-feira, 18 de fevereiro de 2016

A Igreja em Missão!

A tarefa da Igreja é, como diz John
Perkins, «fazer o que Jesus faria, ir
onde Jesus Cristo iria, ensinar o que Jesus Cristo ensinaria».
Não podemos nos fechar em nossos templos e com as pessoas que são como nós: salguemos, movamo-nos,
sejamos ousados em estarmos com os pobres, cativos,
cegos e oprimidos. Atuemos como Jesus atuou.
Não precisamos ser «comunista» nem «socialista» para
nos preocuparmos com estas coisas. 
(http://www.kairos.org.ar/images/revistaKairos/revistaN24/epadilla-esposible.pdf)

domingo, 14 de fevereiro de 2016

A Síndrome de Caim


Pensar no mundo hoje é se deparar com muitos desafios e se frustrar com muitas expectativas que nunca vão acontecer. Isso porque estamos diante de um mundo caído... um mundo que se rendeu as estratégias de Satanás, e como dia o Apóstolo Paulo em Efésios 2.1-3, "este mundo jaz no maligno. Portanto não devemos nos surpreender com tantas coisas ruins transmitidas pelos telejornais e outros programas policiais.



Em Efésios 5.16, ainda encontramos os dizeres, ... os dias são maus... se na época de Paulo ele já dizia isso, imagina nos dias de hoje? Os dias são maus, e se não for a misericórdia do Senhor, o que será de nós.

Neste sentido é que chegamos ao cap. 4.1-16 de Gênesis, onde relata o nascimento dos dois primeiros filhos de Adão e Eva, bem como o primeiro homicídio da bíblia. Neste texto de Gênesis chegamos ao tema desta mensagem: A síndrome de Caim.

O que é a Síndrome de Caim? Na verdade é bem fácil de compreender, pois esta síndrome esta presente em nossa sociedade, e infelizmente nos lares e nas Igrejas. Ao lermos o texto citado, podemos encontrar as características desta doença que não para de crescer e contaminar um grande número de pessoas.

Primeiro, síndrome de Caim é caracterizada pela falta de prioridade ao Senhor e a sua obra. Em Gn 4.3-5a, vemos Caim tomando alguns dos frutos da terra para ofertar ao Senhor, mas seu irmão, Abel, faz melhor, pois ele toma das primícias do seu rebanho para ofertar ao Senhor, e isso, agrada o coração de Deus. Caim é aquele que faz a obra do Senhor, que oferta a Deus, mas não atenta para fazer a obra do Senhor com zelo, pois o Senhor e a sua obra é para quando der, ou quando não tiver mais jeito seguir adiante. Essa é uma característica de nossa sociedade, a qual está tão focada nas coisas e em si mesma que nunca tem tempo para o Senhor. Deus sempre está em segundo plano.

A segunda característica da Síndrome de Caim é a amargura de alma (Gn 4.5.b-6). Caim precisa achar alguém para culpar por sua reprovação. Para ele a culpa era de seu irmão, ou seja, seu sofrimento não era consequência da sua falta de zelo ao Senhor, mas a presença de seu irmão e o que seu irmão havia feito. Há pessoas que nunca estão erradas, pois o mundo está contra elas e isso lhe traz muito pesar e tristeza, tornando-a um vítima constante da crueldade alheia, mas ela nunca está errada.

A terceira característica da Síndrome de Caim é o individualismo (Gn 4.8-9). O individualismo tem corroído as bases da família, da sociedade, e porque não dizer, da própria Igreja. Cada um só tem tempo para pensar em sí mesmo, se ocupar com suas coisas. Os casais estão divididos com as chamadas "minhas coisas", cada um tem suas senhas, suas contas preocupações. Os filhos são criados neste ambiente e nossa sociedade reflete exatamente este mal. Ao ser questionado por Deus quanto a seu irmão, Caim, simplesmente diz que não era o guardador do seu irmão, ou seja, não teria responsabilidade alguma por Abel. Infelizmente é assim que vivemos hoje cada um por si e Deus por todos. Caim é aquele que mata e não sente remorso nem tristeza, assim, como as pessoas do nosso tempo não tem tempo para se preocupar umas com as outras. Milhares de pessoas estão morrendo vítimas da solidão e da indiferença, e quem se preocupa com isso?

A síndrome de Caim traz muitos males, pois endurece o coração, torna as pessoas insensíveis e individualista, e como consequência a esses males vemos o que recebeu Caim, e o que recebem os que seguem o caminho de Caim.

Caim recebeu o Juízo do Senhor, recebeu a maldição de ser infrutífero em seu trabalho e se tornar um errante, ou seja, uma pessoa que por mais que andasse não chegaria a lugar nenhum, e o vazio de sua alma seria pior do que a morte (Gn 4.11-16). O que lhe sobrou foi a terra de Node (errante), ou seja, Caim é aquele que não tem morada, não tem descanso, não tem parada, pois é errante e passou a viver na terra dos errantes (Node). Talvez seja por isso que temos encontrado neste mundo tanta gente que muda tanto, muda de Igreja, muda de profissão, muda até de família... mas estão sempre procurando algo que nunca encontram e estão sempre vazias e infelizes... são errantes, pois tem sofrido a maldição da síndrome de Caim.

MENTORIA ESPIRITUAL CRISTÃ



Nos capítulos do livro, Aprenda a Mentorear, o autor Howard Hendriks, em seus primeiro capítulos nos ensina três princípios fundamentais da Mentoria Cristã: Convicção; Comunhão e Confrontação.
Estes três elementos formam a base para mentoria porque o processo de acompanhamento só pode acontecer quando alguém que se propõe a caminhar com outrem tenha seu caráter forjado pela experiência de ter suas próprias convicções questionadas e reafirmadas. As convicções de um mentor revelam seus valores, ou seja, os princípios que regem sua vida.
 A mentoria de qualidade se desenvolve em uma ambiência amistosa de empatia e verdadeira ligação de coração, onde possa sentir-se, tanto Mentor quanto mentorado, completamente livres para abrirem os segredos profundos da alma, falar dos temores mais escondidos, abrir as dúvidas mais dilacerantes. Isso só acontece quando há verdadeira comunhão entre o Mentor e seu mentorado.
A terceira característica é sem dúvida o avanço de uma relação com base na maturidade, na coragem e na lealdade, à saber: a Confrontação. Desenvolver amizade é algo necessário, imprescindível na mentoria, mas, a relação do Mentor e de seu mentorado precisa avançar, pois sem confrontação não haver mentoria de fato. O Mentor precisa ter a ousadia de expressar-se para apontar as áreas deficientes na vida de seu mentorado, assim como o mentorado precisar tem a humanidade necessária para ouvir e receber tais orientações, mesmo que isso o constranja.
Somos um projeto inacabado, estamos num processo de tratamento, onde estamos sendo moldados. No entanto, quando não temos alguém para nos auxiliar neste processo, o que nos resta é sermos forjados pelas duras experiências da vida. Ter alguém que nos confronta, é mesmo um privilégio, pois somos alertados quando aos abismos que nos cercam, seja na vida profissional, familiar ou pessoal.
O Mentor é alguém que se dispõe a ser uma referência nos momentos onde as palavras se perdem, ou não são necessárias. Ele sempre esta presente na vida de seu mentorado, ainda que seja, simplesmente para dizer: “estou aqui”.
A presença do Mentor é fundamental para o desenvolvimento de seu trabalho, pois não há mentoria sem ligação de alma, de coração. Estar presente no sentido de ser capaz de ouvir, sentir, e ter a orientação correta nos momentos de decisão.
Há algo muito interessante sobre o discipulado, como uma ação relacional, dito por Keith Phillips (1994, p110), que pode ser usado para compreendermos mais profundamente o que estamos dizendo:
O amor a seu discípulo é baseado no seu compromisso para com ele. Transcende sentimentos emocionais. Muitos dos discípulos de Cristo o abandonaram enquanto ele morria por eles. Mas o compromisso de Cristo com eles foi inabalável: “... amou-os até o fim” (Jo 13.1)
Assim como, seguindo nesta perspectiva, PHILLIPS (1994, P116), faz esta preciosa afirmação, “você e seu discípulo precisam ter acesso máximo um ao outro a fim de ter um relacionamento de qualidade”, logo, qualquer intensão de mentoria, sem a disposição em estar junto, se perderá com o sopro das dificuldades e do tempo, se não for aquecido e bem amarrado pela amizade, companheirismo e relacionamento presencial.

GERAÇÕES CONECTADAS PELA MENTORIA

O projeto original de Deus consistia em uma conectividade de gerações. A palavra para criação foi, façamos, para evidenciar que essa ação criadora de Deus foi no agir coletivo da Trindade e deve continuar manifestando o agir comunitário interligado por cada elo formado por cada geração.
Este é o princípio, onde cada geração cuidará/metoreará, preparando a geração vindoura nos caminhos do Senhor, preparando-a para continuar a experimentar o cuidado do Senhor, bem como a comunhão com Ele, vivenciando seus princípios e valores em amor.
Essa estreita relação foi experimentada no Jardim do Édem entre Deus e o ser humano. Deus visitava o homem e a mulher todos os dias oferecendo do seu conselho, ouvindo o coração do casal e partilhando a vida com eles.
Quando houve a escolha pelo pecado foi o dia em que a criação de Deus optou por viver sem a mentoria divina, como que dizendo ao Criador, não precisamos mais dos seus conselhos e orientações, já somos capazes de viver sem sua ingerência, somos capazes de fazer nossas próprias escolhas.
O pecado foi, e continua sendo, a opção errada pela caminhada solitária. A partir de então a solidão do caminho tornou-se o curso comum a todo ser humano, por isso fazer o caminho contrário é tão difícil, mas tão necessário, como uma chance que todos nós precisamos dar a nós mesmos para experimentarmos novamente a saúde do caminho partilhado.
Para tanto, se faz necessário ter a coragem de optar por um caminho sem máscaras, em um relacionamento capaz de abrir o coração em uma caminhada compartilhada, como bem enfatiza SWINDOLL (1987, p21):
Relacionar significa aproximar-se das pessoas, sentir os sofrimentos delas, e ser um veículo de estímulo e restauração para elas. As barreiras tem que ser derrubadas. As máscaras tem que ser removidas. Temos que colocar a porta de nossa “casa” placas de boas-vindas. Temos que fazer cópias das chaves da nossa vida e distribuí-las entre as pessoas. Temos que baixar as pontes de nossos castelos e permitir que as pessoas atravessem o fosso, e assim partilhem de nossas alegrias e tristezas.

BARNABÉ, O MENTOR.
Há vários exemplos na Bíblia, onde o relacionamento e a responsabilidade da mentoria ficam muito evidentes. Se tomarmos o exemplo de Elias e Eliseu, se analisarmos o trabalho de preparação que Jesus desenvolveu com os discípulos, são inquestionáveis e ótimas referências para nós. Jesus, por exemplo, tomar um grupo de desacreditados e torna-los sucessores de sucesso fazendo com que a obra do Reino de permanecesse até nossos dias é evidência clara de algo muito bem feito.
Para elucidarmos nosso trabalho, vamos pensar sobre como poderíamos definir este precioso trabalho de mentoria. Em um artigo encontrado dentre os vários trabalhos importante no site do Instituto Jetro, lemos esta afirmação:
O mentoring pode ser compreendido como um processo de mentoria onde um tutor/mentor ajuda o mentoreado a enxergar suas fraquezas e aponta meios de vencê-las, principalmente através de exercícios práticos e mudança na maneira de se portar e pensar. Nesse processo a prestação de contas ser torna importante pois sendo dados os exercícios e proposta a mudança, o mentoreado será responsável por apresentar um relatório mostrando seu avanço e concretização do plano de mudança. (GIMENEZ, 2011)
Neste sentido, somos desafiados a olharmos para o que Barnabé fez com, até então, Saulo, é algo digno de nossa atenção. Nesta história vemos alguém experimentado sendo humilde o suficiente para acolher, defender e ensinar o caminho a ser percorrido.
Quem era Saulo? Alguém que Deus escolheu, mas para comunidade cristã um perseguidor, um grande vilão. Por outro lado para os judeus um traidor, digno de desprezo e de condenação pior do que a que estava sendo oferecida aos cristãos a quem ele perseguia.
No entanto, Saulo estava assustado, perdido, sem entender ainda o que estava acontecendo, até que alguém se dispõe ir ao seu encontro, e quando todos estavam com medo do perigo que ele representava, foi Barnabé quem o apresentou aos apóstolos, foi quem ousou dizer, ele está comigo!
O mundo só pode conhecer a obra missionária do Grande Apóstolo, porque alguém ousou tomar Paulo pela mão e dizer: ele está comigo! Barnabé assumiu o cuidado por Saulo até que se tornasse em Paulo, até que fosse capaz de caminhar sozinho e fosse capaz e entender e viver seu chamado diante de Deus.
Essa é a obra do verdadeiro Mentor Cristão. Ele toma aqueles que Deus escolhe e chama, os toma pela mão e o ensina ouvir a voz de Deus, assim como Eli ensinou a Samuel, e o prepara para ser um verdadeiro servo do Senhor. Disponibiliza dos seus recursos, da sua companhia, do seu conhecimento e se dispõe a servir e abençoar, até que aquele com quem caminha esteja preparado para seguir em frente de forma vitoriosa.
O pastor Abe Huber (2012, p100), chama este processo de acompanhamento de Fator Barnabé, o qual define assim: “a manifestação do amor, da paciência e da compaixão de Jesus”. Ou seja, para ele o fator Barnabé é uma forma de encorajamento aos irmãos novos na fé, que precisam de cuidado, não um método, precisam ser acolhidos, abençoados e preparados para viverem o chamado de Deus para eles.

CONSIDERAÇÕES FINAIS
A Mentoria Cristã é a ação de um cristão mais experiente, convicto, capaz, se dispondo a caminhar junto com um cristão ainda engatinhando, seja na fé, seja no ministério. Neste processo vão dividir um pouco do que são num clima amistoso, onde o mentor seja capaz de orientar seu mentorado, as vezes confrontar com vistas ao crescimento e amadurecimento do aprendiz.
Como vimos, é possível encontrarmos vários exemplos bíblicos que nos servem de base para mentoria, mas o trabalho realizado por Barnabé na vida do Apóstolo Paulo foi especial. Especial pela coragem, pela capacidade de assumir alguém que ninguém estava disposto a assumir devido ao seu passado. Afinal, estamos falando de um dos piores perseguidores da Igreja de Cristo.
Mas, Barnabé assumiu esta difícil missão, pois enquanto todos viam um perseguidor, ele viu alguém que Deus escolheu e preferiu acreditar nisto e dispor sua vida em realizar este trabalho. Fazer do antigo perseguidor o homem que Deus escolheu para lhe ser vaso escolhido.
Este exemplo é inspirador e deve ser seguido para que a Igreja continue vendo o grande milagre da transformação, onde vidas desacreditadas se tornem grandes testemunhas do poder transformador de Deus. Barnabé não estava interessado em aparecer, ele queria apenas que a obra de Deus fosse completa na vida de Saulo, e isso fez toda a diferença.
Que o Senhor levante mais Barnabés em sua Igreja!




REFERÊNCIA BIBLIOGRÁFICA


GIMENEZ, Guilherme Ávila. Mentoring e Líderes Cristãos. http://www.institutojetro.com/artigos/gestao-de-pessoas/mentoring-e-lideres-cristaos.html; 2011.


HENDRICKS, Howard. Aprenda a Mentorear. Venda Nova/MG; Editora Betânia; 2005.


HUBER, Abe. Discipulado um a um. Fortaleza/CE; MDA Publicações; 2012.


PHILLIPS, Keith. A Formação de um Discípulo. São Paulo; Editora VIDA; 1994.


SWINDOLL, Charles R. Vivendo sem Máscaras. Venda Nova/MG; Editora Betânia;1987.