sábado, 28 de dezembro de 2013

O materialismo do Papai Noel e a espiritualidade do Menino Jesus

21/12/2013

Um dia, o Filho de Deus quis saber como andavam as crianças que outrora, quando andou entre nós,“as tocaca e as abençoava” e que dissera:”deixai vir a mim as criancinhas porque delas é o Reino de Deus”(Lucas 18, 15-16).
À semelhança dos mitos antigos, montou num raio celeste e chegou à Terra, umas semanas antes do Natal. Assumiu a forma de um gari que limpava as ruas. Assim podia ver melhor os passantes, as lojas todas iluminadas e cheias de objetos embrulhados para presentes e principalmente seus irmãos e irmãs menores que perambulavam por aí, mal vestidos e muitos com forme, pedindo esmolas. Entristeceu-se sobremaneira, porque verificou que quase ninguém seguira as palavras que deixou ditas:”quem receber qualquer uma destas crianças em meu nome é a mim que recebe”(Marcos 9,37).
E viu também que já ninguém falava do Menino Jesus que vinha, escondido, trazer na noite de Natal, presentes para todas as crianças. O seu lugar foi ocupado por um velhinho bonachão, vestido de vermelho com um saco às costas e com longas barbas que toda hora grita bobamente:”Oh, Oh, Oh…olhem o Papai Noel aqui”. Sim, pelas ruas e dentro das grandes lojas lá estava ele, abraçando crianças e tirando do saco presentes que os pais os haviam comprado e colocado lá dentro. Diz-se que  veio de longe, da Finlândia, montado num trenó puxado por renas. As pessoas haviam esquecido de outro velhinho, este verdadeiramente bom: São Nicolau. De família rica, dava pelo Natal presentes às crianças pobres dizendo que era o Menino Jesus que lhes estava enviando. Disso tudo ninguem falava. Só se falava do Papai Noel, inventado há mais de cem anos.
Tão triste como ver crianças abandonadas nas ruas, foi perceber como elas eram enganadas, seduzidas pelas luzes e pelo brilho dos presentes, dos brinquedos e de mil outros objetos que os pais e as mães costumam comprar como presentes para serem distribuidos por ocasião da ceia do Natal.
Propagandas se gritam em voz alta, muitas enganosas, suscitando o desejo nas crianças que depois correm para os pais, suplicando-lhes para que comprem o que viram. O Menino Jesus travestido de gari, deu-se conta de que aquilo que os anjos cantaram de noite pelos campos de Belém”eis que vos anuncio uma alegria para todo o povo porque nasceu-vos hoje um Salvador…glória a Deus nas alturas e paz na terra aos homens de boa-vontade”(Lucas 2, 10-14) não significava mais nada. O amor tinham sido substituído pelos objetos e a jovialidade de Deus que se fez criança, tinha desaparecido em nome do prazer de consumir.
Triste, tomou outro raio celeste e antes de voltar ao céu deixou escrita uma cartinha para as crianças. Foi encontrada debaixo da porta das casas e especialmente dos casebres dos morros da cidade, chamadas de favelas. Ai o Menino Jesus escreveu:

Meus queridos irmãozinhos e irmãzinhas,

Se vocês olhando o presépio e virem lá o Menino Jesus e se encherem de fé de que ele é o Filho de Deus Pai  que se fez um menino, menino qual um de nós e que Ele é o Deus-irmão que está sempre conosco,

Se vocês conseguirem ver nos outros meninos e meninas, especialmente nos pobrezinhos, a presenca escondida do Menino Jesus nascendo dentro deles.

Se vocês fizerem renascer a criança escondida no seus pais e nas pessoas adultas para que surja nelas o amor, a ternura, o carinho, o cuidado e a amizade  no lugar de muitos presentes.

Se vocês ao olharem para o presépio descobrirem Jesus pobremente vestido, quase nuzinho e lembrarem de tantas crianças igualmente pobres e mal vestidas e sofrerem no fundo do coração por esta situação desumana e se decidirem já agora, quando grandes, mudar estas coisas para que nunca mais haja crianças chorando de fome e de frio,

Se vocês repararem nos três reis magos com os presentes para o Menino Jesus e pensarem que até os reis, os grandes deste mundo e os sábios reconheceram a grandeza escondida desse pequeno Menino que choraminga em cima das palhinhas,

Se vocês, ao verem no presépio todos aqueles animais, como as ovelhas, o boi e a vaquinha pensarem que o universo inteiro é também iluminado pela Menino Jesus e que todos, galáxias, estrelas, sois, a Terra  e outros seres da natureza e nós mesmos formamos a grande Casa de Deus,

Se vocês olharem para o alto e virem a astrela com sua cauda e recordarem que sempre há uma Estrela como a de Belém sobre vocês,  iluminando-os e mostrando-lhes os melhores caminhos,

Se vocês  aguçarem bem os ouvidos e escutarem a partir dos sentidos interiores, uma música celestial como aquela dos anjos nos campos de Belém que anunciavam paz na terra,

Então saibam que sou eu, o Menino Jesus, que  está chegando de novo e renovando o Natal. Estarei sempre perto de vocês, caminhando com vocês, chorando com vocês e brincando com vocês até aquele dia em que chegaremos todos, humanidade e universo, à Casa do Pai e Mãe de infinita bondade para sermos juntos eternamente felizes como uma grande família reunida.

                                    Belém, 25 de dezembro do ano 1.

                                    Assinado: Menino Jesus

quarta-feira, 6 de novembro de 2013

Características da Igreja de Cristo

Edificação

32 Da multidão dos que creram era um o coração e a alma. Ninguém considerava exclusivamente sua nem uma das coisas que possuía; tudo, porém, lhes era comum.
 33 Com grande poder, os apóstolos davam testemunho da ressurreição do Senhor Jesus, e em todos eles havia abundante graça.
 34 Pois nenhum necessitado havia entre eles, porquanto os que possuíam terras ou casas, vendendo-as, traziam os valores correspondentes
 35 e depositavam aos pés dos apóstolos; então, se distribuía a qualquer um à medida que alguém tinha necessidade.
 36 José, a quem os apóstolos deram o sobrenome de Barnabé, que quer dizer filho de exortação, levita, natural de Chipre,
 37 como tivesse um campo, vendendo-o, trouxe o preço e o depositou aos pés dos apóstolos.
Atos 4.32-37


Características da Igreja de Cristo


O texto que acabamos de lermos mostra como era a Igreja Primitiva, como eles viviam e interagiam como Comunidade Cristã. Reconhecemos que a situação vivida por eles naquela época os levava a usar de certas práticas próprias daquele momento, por exemplo, eles vendiam tudo o que tinham e colocava aos pés dos Apóstolos... por quê eles faziam isso? Temos que fazer a mesma coisa hoje? Bem, existia um fator de perseguição e uma expectativa imediata da volta de Jesus. Os judeus e depois o próprio Império Romano foram dois opositores terríveis da Igreja nos primeiros séculos, tanto é que, somente no século IV é que a Igreja passa a ter a liberdade para se reunir, mas, as segundas intenções dos Romanos ao proporcionar esta liberdade acabou por sua vez gerando outros males, como por exemplo, a Igreja de Cristo se tornou a igreja de Roma e se tornou a religião oficial do Estado Romano, o que nas mãos de maus imperadores e nobres, passaram a usar a Igreja Cristã para manipulação e exploração das massas (povos).
O que importa para nós hoje é o que a Bíblia nos ensina sobre como é a igreja o Coração de Deus, e essa igreja tem por características:
1.      Ela é uma Igreja que valoriza a Comunhão e a Comunidade Cristã, pois estavam unidos de alma e coração, partilhavam do que tinha e entre eles não havia nenhum necessitado.
2.      Ela é uma igreja que testemunha. A Igreja de Cristo sempre teve este compromisso missionário. Portanto, aqueles que caminharam com Jesus, e aprenderam Dele não podiam simplesmente ficar em silêncio diante de tudo que aprenderam, mas continuavam à anunciar o Cristo ressuscitado, vencedor, o Senhor de todas as coisas, o Salvador.
3.      Ela é uma Igreja abençoadora. É interessante vermos, no exemplo de Barnabé, no final do texto lido, que ele deu o que ele tinha para abençoar sua igreja. Não cremos que as pessoas hoje devam fazer o mesmo e nem as incentivamos a isso, mas certamente devemos seguir o que o Apóstolo Paulo diz os Coríntios, Cada um contribua segundo tiver proposto no coração, não com tristeza ou por necessidade; porque Deus ama a quem dá com alegria. A palavra-chave aqui é contribua... contribua com seu tempo, com suas posses, com seus talentos, e sim, contribua financeiramente, abençoe sua Igreja, sendo fiel nos seus dízimos e seja alguém que oferte com alegria!


Algumas questões para nossa edificação:

1.      Como seria a Igreja ideal para você?

2.      Você crê ser possível vivermos estes princípios, acima citados, na Igreja do Senhor Jesus nos dias de hoje?

3.      Como cada um de nós e nós como célula da Igreja de Cristo podemos contribuir para termos uma Comunidade Cristã mais fortalecida nestes princípios que aprendemos hoje? (alguém anote as sugestões compartilhadas pelos presentes).


4.       Vamos orar uns pelos outros em suas necessidades! (momento da intercessão).

quinta-feira, 24 de outubro de 2013

Os três desafios de Abrão!


Ora, disse o SENHOR a Abrão: Sai da tua terra, da tua parentela e da casa de teu pai e vai para a terra que te mostrarei; de ti farei uma grande nação, e te abençoarei, e te engrandecerei o nome. Sê tu uma bênção!  Abençoarei os que te abençoarem e amaldiçoarei os que te amaldiçoarem; em ti serão benditas todas as famílias da terra.
 Partiu, pois, Abrão, como lho ordenara o SENHOR, e Ló foi com ele. Tinha Abrão setenta e cinco anos quando saiu de Harã. Levou Abrão consigo a Sarai, sua mulher, e a Ló, filho de seu irmão, e todos os bens que haviam adquirido, e as pessoas que lhes acresceram em Harã. Partiram para a terra de Canaã; e lá chegaram.
            Atravessou Abrão a terra até Siquém, até ao carvalho de Moré. Nesse tempo os cananeus habitavam essa terra. Apareceu o SENHOR a Abrão e lhe disse: Darei à tua descendência esta terra. Ali edificou Abrão um altar ao SENHOR, que lhe aparecera.   
Passando dali para o monte ao oriente de Betel, armou a sua tenda, ficando Betel ao ocidente e Ai ao oriente; ali edificou um altar ao SENHOR e invocou o nome do SENHOR. Depois, seguiu Abrão dali, indo sempre para o Neguebe. Genênsis 12.1-9


Os três desafios de Abrão!


Os desafios é que movem a vida! Quem não se sente desafiado perdeu a razão de viver, não é mais capaz de se alegrar porque não tem mais conquistas... perdeu a capacidade de se indignar porque não tem mais porque lutar. Sonhar é viver o desafio da realização. Trabalhar deve ser o desafio do aperfeiçoamento, e se relacionar, deve ser o desafio de amar os diferentes. Ninguém vive sem se sentir desafiado pela vida.
Há duas maneiras de reagirmos aos desafios: Uma, encarar com atitude necessária para superá-lo, usando nossa capacidade física, mental e espiritual; a segunda, é desistir e se conformar com a frustração e com lamento de nunca ter tentado. Somos desafiados todos os dias! Isso é o que nos move a dar mais um passo.
Abrão foi desafiado por Deus em SAIR. Sair, para ele, significava deixar, e isso nunca é tão simples, pois nos leva a entregar coisas que são valiosas para nós... Deus disse a ele: sai da tua terra. Deixar a terra para ele era abrir mão de sua cultura, de seus costumes e de sua rotina; assim como Deus disse, ainda, sai da tua parentela e da casa de teu pai... você pode imaginar isso para alguém que vive em uma cultura em que o filho não saia da casa do pai? Os filhos eram herdeiros de tudo que o pai possuía, e por isso tinham o dever de cuidar junto com o pai de tudo que a família tinha como bens e costumes e a religião da família. E uma dado interessante, por exemplo, caso um irmão morresse, o irmão mais velho deveria casar-se com a cunhada e assumir os filhos do irmão, com o objetivo de não desamparar a família enlutada, já que a herança era sempre do filho e nunca da filha e caso ela se casasse com alguém que não era da família estaria desonrando a memória e a família do marido, e teria que abrir mão dos bens do falecido. Deus o desafia a deixar para trás tudo que lhe dava segurança, juntou apenas que podia levar e partiu para uma terra que Deus ainda iria mostrar. Este é o desafio: Confiar em Deus mais do que confiar nos homens e nos bens. Você esta preparado para isso? Veja o que a Bíblia diz: Assim diz o SENHOR: Maldito o homem que confia no homem, faz da carne mortal o seu braço e aparta o seu coração do SENHOR! Bendito o homem que confia no SENHOR e cuja esperança é o SENHOR. (Jeremias 17.5,7)
Abrão foi desafiado por Deus à perseverar. Abrão e sua caravana caminharam, segundo alguns estudiosos, 643km em 27 dias. Foi um longo percurso cheio de situações adversas, como o calor do dia, o frio da noite, ou ter que passar por lugares e povos desconhecidos, onde sua vida e a vida de todos com ele corria risco, mas se dispuseram a enfrentar este desafio e venceram perseverando até ao final. Jesus disse que aqueles que se mantiverem firmes na fé ao lado dele, mesmo que as dificuldades e tentações cheguem, mas permanecerem fieis herdarão a promessa, veja: Aquele, porém, que perseverar até o fim, esse será salvo (Mateus 24.13).
Abrão foi desafiado por Deus à marcar a terra com seu testemunho. O altar, como aparece neste texto, tem a idéia de memorial, marcando o lugar da experiência do homem com Deus, para registro histórico de quem teve a experiência, assim como, apresentando a todo que por ali passarem que aconteceu algo especial. Portanto, o altar erigido por Abrão era o seu testemunho de vida e fé a todos os que olhassem para o altar, como que dizendo: foi aqui, neste lugar, que Deus falou comigo e mudou minha vida. Assim, aprendemos que em nossa vida precisamos marcar esta terra com nosso testemunho ao mundo apresentando o que Deus tem feito por nós, bem como suas maravilhosas promessas ao seu povo. Deus espera isso de você!

Algumas questões para nossa edificação:

1.      Você conhece alguém que abriu mão do conforto da vida que tinha, ou do status, para servir a Deus de maneira especial? (conheça um pouco da historia de Rodolfo Abrantes – ex-vocalista da banda Raimundos)

2.      O que é perseverança para você? Você pode citar algum exemplo?


3.      Quando e onde podemos compartilhar nosso testemunho de fé em Deus?

4.      Diante do que foi compartilhado, pense e comente: há algo que ainda precisa ser deixado para que você possa plenamente seguir e viver a vontade de Deus?

5.      Se sua resposta for não, seja perseverante na decisão que você tomou com a oração da semana passada, e compartilhe com seus amigos e familiares o que Deus tem feito em sua vida. Quem testemunha é abençoado duas vezes, uma porque já recebeu uma graça de Deus, duas porque pode revive-la cada vez que compartilha vendo o agir de Deus na vida de que lhe ouve.

quarta-feira, 9 de outubro de 2013

“O meu povo está sendo destruído, porque lhe falta o conhecimento.”




                    “O meu povo está sendo destruído, porque lhe falta o conhecimento.”
(Oséias 4.6a)

A opressão de um povo se faz pela manutenção da ignorância, isso significa que quanto mais informações forem mantidas restritas somente a um determinado grupo, mais esse grupo poderá usufruir dos benefícios deste conhecimento, enquanto que a maioria irá sofrer pela obscuridade da falta do mesmo.
Fique tranqüilo que isto não é nenhum manifesto político esquerdista, ou socialismo radical, é apenas um exemplo dos males que a falta de conhecimento pode trazer sobre todo um povo. O texto do livro do Profeta Oséias fala sobre isso.
O contexto apresentado é terrível, pois aqueles que conheciam deixavam de praticar e ensinar corretamente o que sabiam sobre Deus para atenderem suas próprias vontadades. O sacerdote deixava de ensinar corretamente ao povo e se vendia para receber os benefícios financeiros da idolatria, os homens e mulheres se rendiam a sensualidade e a prostituição, as famílias estavam sendo destruídas porque optaram em seguir o desejo do próprio coração e cada um andava no seu próprio caminho de perdição e pecado. Tudo isso pela falta de conhecimento, bem como pela falta de vontade de seguir o que já se conhecia sobre a vontade de Deus. Veja o que diz Os 4.1:
Ouvi a palavra do SENHOR, vós, filhos de Israel, porque o SENHOR tem uma contenda com os habitantes da terra, porque nela não há verdade, nem amor, nem conhecimento de Deus.
Parece até que este profeta que viveu à tantos anos atrás (+/- 750 a.C.) já sabia como estaria a terra hoje... No entanto o cap. 4.14 é bem triste e desesperador: ... pois o povo que não tem entendimento corre para a sua perdição. E no cap. 5.2, diz: Na prática de excessos, vos aprofundastes; mas eu castigarei a todos eles.
Portanto, só há uma maneira de nos afastarmos da condenação, conhecendo a verdade. Jesus disse, conforme João 8.32 : ...e conhecereis a verdade, e a verdade vos libertará... mas, o que é a verdade que nos liberta da ignorância e conduz a salvação? Jesus nos mostra que a verdade não é uma “coisa”, mas é ele mesmo: Eu sou o caminho, e a verdade, e a vida... (Jo 14.6).
Jesus é a Verdade de Deus para nós! O ser humano sem Jesus anda na suas próprias mentiras tentando nelas acreditar para não ver que o fim do seu caminho será triste, solitário e doloroso.
Com base neste texto, compartilhe:
1.    Você concorda que a falta de conhecimento de Deus pode realmente trazer todos estes males apresentados no texto? Se sim, qual é a maneira/forma de adquirir conhecimento de Deus?
2.    Se Bíblia nos ensina à cerca da vontade de Deus para nós e a oração nos coloca em comunhão com Ele, como podemos fazer uso destes recursos para conhecer mais a Deus?
3.    Qual o grande desafio que esta reflexão traz a você? Compartilhe!

quarta-feira, 2 de outubro de 2013

ATITUDES FUNDAMENTAIS PARA UMA VIDA VITORIOSA!


Todo atleta de alta performance tem como meta a vitória. Desde a infância suas aptidões estavam se desenvolvendo, e o preço foi pago, todo esforço foi dedicado para que ele chegasse a tão sonhada vitória! Restrições, dificuldades, lesões, dores... nada disso foi empecilho para aquele que quer ser vitorioso!
Assim também é na vida. Há os vencedores e há os derrotados. Os vencedores na vida são os perseverantes, os que são capazes de recomeçar, os que continuam a enfrentar as tempestades, os desertos, as tribulações, mas sempre continuam, seguindo em frente. Os derrotados têm sua marca... o desânimo, a desistência, a falta de vontade, a falta de coragem...
A Palavra de Deus, em Atos 1.12-14, nos ensina algumas lições maravilhosas sobre como alcançarmos uma vida vitoriosa. Vejamos. Os discípulos (120) foram confortados pela aparição de Jesus ressuscitado, mas também o viram ser assunto aos céus para estar à destra de Deus-Pai novamente, e agora o que eles tem é uma palavra de promessa que mudaria a vida deles para sempre, e que os capacitariam a vencer como homens e mulheres de fé num mundo tão difícil proporcionado pela opressão romana e a perseguição dos judeus.
Os discípulos voltam à Jerusalém. Voltar a Jerusalém não era algo tão simples, pois esta cidade os confrontava com a triste lembrança da crucificação, os colocava de volta debaixo da opressão política e econômica de Roma, bem como os lembrava a hostilidade religiosa dos judeus, a qual condenou o próprio Jesus à prisão e a “via dolorosa” e depois a morte. Mas, aqui esta um grande ensinamento: muitas vezes em nossa vida temos que confrontar nosso passado para resolvermos algumas situações, fecharmos algumas brechas, as quais o Acusador, o Diabo, vive a nos condenar, nos lembrando o quanto somos indignos da vida e das bênçãos de Deus. Quem sabe não temos que “voltar”... o filho pródigo volto para casa do Pai para reatar sua condição de filho e o Pai o perdoou e o acolheu. Jacó voltou para se deparar com a traição contra seu irmão, mesmo correndo o risco de morrer nas mãos de Esaú, mas foi esta atitude que o colocou face à face com Deus e sua vida passou de enganador (Jacó) à príncipe de Deus (Israel).
Outro detalhe importante, é que chegando em Jerusalém, os discípulos não dispersaram, ou se envolveram em coisas da vida comum. Eles subiram para o Cenáculo. Este era um cômodo que fica na parte de cima da casa e ali ficaram todos, vivendo a expectativa de algo sobrenatural que Deus iria fazer na vida deles. Aqui esta mais um ensinamento muito importante: eles permaneceram juntos e focados, e o fato de permanecerem no cenáculo, nos dá a idéia de que permaneceram acima das coisas comuns da vida para que, assim, buscassem algo que estavam acima do comum. Como nos mostra os ensinos bíblicos: Em ti, força minha, esperarei; pois Deus é meu alto refúgio (Sl 50.9); Portanto, se fostes ressuscitados juntamente com Cristo, buscai as coisas lá do alto, onde Cristo vive, assentado à direita de Deus. Pensai nas coisas lá do alto, não nas que são aqui da terra... (Col 3.1-2). Onde está seu coração hoje? Em Deus... nos prazeres... no pecado... onde?
Uma última lição importante que aprendemos com este texto é: Eles estavam unânimes em oração. Quem está na expectativa das grandes coisas de Deus, permanece em oração. Observemos estes exemplos: Isaque orou ao SENHOR por sua mulher, porque ela era estéril; e o SENHOR lhe ouviu as orações, e Rebeca, sua mulher, concebeu. (Gn 25.21); Então, saiu Moisés da presença de Faraó e orou ao SENHOR. E fez o SENHOR conforme a palavra de Moisés... (Êx 8.30-31); levantou-se Ana, e, com amargura de alma, orou ao SENHOR, e chorou abundantemente (1Sm 1.10), a conseqüência desta atitudes foi sua gravidez e o nascimento de um grande homem de Deus, chamado Samuel. Então em Atos 2.42,46 e 47 nos mostra uma Igreja marcada pela perseverança na oração, que vivia a comunhão e poder de Deus, e que por isso ela crescia a cada dia:             E perseveravam na doutrina dos apóstolos e na comunhão, no partir do pão e nas orações. Diariamente perseveravam unânimes no templo, partiam pão de casa em casa e tomavam as suas refeições com alegria e singeleza de coração, louvando a Deus e contando com a simpatia de todo o povo. Enquanto isso, acrescentava-lhes o Senhor, dia a dia, os que iam sendo salvos.
Qual dessas atitudes ainda te falta para que você experimente uma vida vitoriosa diante de Deus e do mundo ao seu redor: 1. Acertar seu passado? 2. Permanecer focado em Deus ao invés de se perder nas situações do dia-a-dia? 3. Passar mais tempo em oração?


segunda-feira, 5 de agosto de 2013

Conheça a Verdade!

... até que todos cheguemos à unidade da fé e do pleno conhecimento do Filho de Deus, à perfeita varonilidade, à medida da estatura da plenitude de Cristo, para que não mais sejamos como meninos, agitados de um lado para outro e levados ao redor por todo vento de doutrina, pela artimanha dos homens, pela astúcia com que induzem ao erro.
Efésios 4.13-14
         Houve um tempo em que todos os tele-jornais estavam noticiando a grande quantidade de notas falsas que chegavam ao mercado, lesando muitos comerciantes em várias cidades. Infelizmente esta é uma realidade que continua acontecendo. Lembro-me também que, em função disso, muitas informações sobre os detalhes das notas verdadeiras foi amplamente divulgados, pois assim as pessoas teriam uma chance de não serem enganadas.
       Só uma chance de não sermos enganados, ou seja: SENDO CONHECEDORES DA VERDADE! Jesus disse, conhecereis a verdade e a verdade vos libertará (Jo 8.32), assim como exortou os escribas e fariseus ao dizer, vós errais não conhecendo as Escrituras nem o poder de Deus (Mt 22.29). Portanto, para nós só há uma chance de não sermos enganados, enredados pela astúcia do Inimigo nem pelas distorções dos homens, à saber: SENDO CONHECEDORES DAS VERDADES DEUS CONTIDAS NA SUA PALAVRA!
     
Pr. Alexsandro A. Silva

sexta-feira, 12 de julho de 2013

Só no céu saberemos quantas pessoas foram tocadas pelo Evangelho que habita em nossa alma! E só nós sabemos o quanto queremos que este Evangelho que habita em nós toque a vida das pessoas. Pr. Alex

Não quero mais ser EVANGÉLICO...


"Irmãos, uni-vos! Pastores evangélicos criam sindicato e cobram direitos trabalhistas das Igrejas". Esse é  o título da matéria, chocante, publicada pela revista Veja de 9 de junho de 1999 anunciando formação do "Sindicato dos Pastores Evangélicos no Brasil". Foi a gota d'água! Ao ler a matéria acima finalmente me dei conta de que o termo "evangélico" perdeu, por completo, seu conteúdo original.

Ser evangélico, pelo menos no Brasil, não significa mais ser praticante e pregador do Evangelho (Boas Novas) de Jesus Cristo, mas, a condição de membro de um segmento do Cristianismo, com cada vez menor relacionamento histórico com a Reforma Protestante. O segmento mais complicado, controverso, dividido e contraditório do Cristianismo. O significado de ser pastor evangélico, então, é melhor nem falar, para não incorrer no risco de ser grosseiro.

Não quero mais ser evangélico! Quero voltar para Jesus Cristo, para a boa notícia que Ele é e ensinou. Voltemos a ser adoradores do Pai porque, segundo Jesus, são estes os que o Pai procura e, não, por mão de obra especializada ou por "profissionais da fé". Voltemos à consciência de que o Caminho, a Verdade e a Vida é uma Pessoa e não um corpo de doutrinas e/ou tradições, nascidas da tentativa de dissecarmos Deus.
Além do que, estar no caminho, conhecer a verdade e desfrutar a vida é relacionar-se intensamente com essa Pessoa: Jesus de Nazaré, o Cristo, o Filho do Deus vivo. Quero os dogmas que nascem desse encontro: uma leitura bíblica que nos faça ver Jesus Cristo e não uma leitura bibliólatra. Não quero a espiritualidade que se sustenta em prodígios, no mínimo discutíveis, e sim, a que se manifesta no caráter.

Chega dessa "diabose"! Voltemos à graça, à centralidade da cruz, onde tudo foi consumado. Voltemos à consciência de que fomos achados por Ele, que começou em cada filho Seu algo que vai completar: voltemos às orações e jejuns, não como fruto de obrigação ou moeda de troca, mas, como namoro apaixonado com o Ser amado da alma resgatada. 

Voltemos ao amor, à convicção de que ser cristão é amar a Deus acima de todas as coisas e ao próximo como a nós mesmos: voltemos aos irmãos, não como membros de um sindicato, de um clube, ou de uma sociedade anônima, mas, como membros do corpo de Cristo. Quero relacionar-me com eles como as crianças relacionam-se com os que as alimentam - em profundo amor e senso de dependência: quero voltar a ser guardião de meu irmão e não seu juiz.

Voltemos ao amor que agasalha no frio, assiste na dor, dessedenta na sede, alimenta na fome, que reparte, que não usa o pronome "meu", mas, o pronome "nosso". Para que os títulos: "pastor", "reverendo", "bispo", "apóstolo", o que eles significam, se todos são sacerdotes? Quero voltar a ser leigo! Para que o clericalismo? Voltemos, ao sermos servos uns dos outros aos dons do corpo que correm soltos e dão o tom litúrgico da reunião dos santos; ao, "onde dois ou três estiverem reunidos em meu nome, eu lá estarei" de Mateus 18.20.

Que o culto seja do povo e não dos dirigentes - chega de show! Voltemos aos presbíteros e diáconos, não como títulos, mas, como função: os que, sob unção da igreja local, cuidam da ministração da Palavra, da vida de oração da comunidade e para que ninguém tenha necessidade, seja material, espiritual ou social. Chega de ministérios megalômanos onde o povo de Deus é mão de obra ou massa de manobra!
Para que os templos, o institucionalismo, o denominacionalismo? Voltemos às catacumbas, à igreja local. Por que o pulpitocentrismo? Voltemos ao "instruí-vos uns aos outros".                            (Cl 3. 16). 

Por que a pressão pelo crescimento? Jesus Cristo não nos ordenou a sermos uma Igreja que cresce, mas, uma Igreja que aparece: "Assim resplandeça a vossa luz diante dos homens, para que vejam as vossas boas obras, e glorifiquem a vosso Pai, que está nos céus. "(Mt 5.16). Vamos anunciar com nossa vida, serviço e palavras "todo o Evangelho ao homem... a todos os homens". Deixemos o crescimento para o Espírito Santo que "acrescenta dia a dia os que haverão de ser salvos", sem adulterar a mensagem.                                     
 Por  Ariovaldo Ramos.

segunda-feira, 1 de julho de 2013

SALVOS... SATISFEITOS e SENTADOS!

          Ultimamente tenho feito muitas reflexões a respeito da minha própria conduta enquanto discípulo de Cristo, e também da conduta dos servos de Deus em geral, diante da missão dada por Deus, expressada em Sua palavra. Confesso que tenho ficado extremamente frustrado com essas reflexões, pois tenho visto algo com muita frequência: Crentes que integraram em suas vidas os três “S’s”: Salvos, pois dizem que entregaram suas vidas a Cristo. Satisfeitos, pois encontraram certa paz e contentamento para suas vidas. Sentados, pois é a sua posição predominante diante da obra de Deus.

         Têm seus corações congelados diante do chamado para a obra de Deus. Não se sensibilizam diante do “Ide” ordenado por Jesus. Têm em seus bolsos dúzias e mais dúzias de desculpas [esfarrapadas] prontas para usar e dizer não ao serviço. Esquivam-se com maestria dos desafios propostos pelas suas lideranças, pois estes os fariam ter de levantar-se. Tudo isso para que a “boa” vida cristã em que vivem não seja alterada. Qualquer que tente mexer em sua poltrona confortável é declarado como inimigo.

        Apesar de se autodenominarem discípulos de Jesus Cristo, não seguem o Mestre. Jesus tinha uma vida movimentada e sem espaço para a preguiça e resignação diante da obra de Deus. Não era simplesmente ativismo vazio, era serviço puro e genuíno.  Ele derramava seu suor em prol do reino do Pai. Aliás, chegou a suar gotas de sangue pela Sua missão! Ele se desgastava para abençoar vidas. “Perdia” madrugadas para se dedicar a oração. “Gastava” tempo com pessoas, com discipulado… Não tinha medo dos desafios e buscava cumprir toda a Sua missão. Definitivamente, se Ele fosse membro de alguma igreja hoje, não ficaria sentado nos confortáveis bancos!

        Não deveriam Seus discípulos fazer o mesmo ao invés de terem como única missão manterem-se em sua condição de salvos, satisfeitos e sentados, esquentando seus lugares, totalmente inertes à obra de Deus?
http://colunas.gospelmais.com.br/salvo-satisfeito-e-sentado_3206.html

sexta-feira, 28 de junho de 2013

Fontes de perseguição no mundo muçulmano: família e comunidade

Dentro de países islâmicos, a Igreja é formada basicamente por dois grupos: os cristãos de origem cristã, cujos ancestrais praticam o cristianismo há gerações; e os ex-muçulmanos, que são de origem islâmica, mas que abandonaram o Islã e agora seguem a Cristo Esses dois grupos sofrem perseguição por causa de Jesus, e elas vêm de diversas fontes. Conheça, a seguir e nos próximos dias, os principais agentes da perseguição no mundo muçulmano

Os laços familiares e comunitários são muito fortes em algumas sociedades. É importante entender que a família é a principal detentora dos princípios e deveres da fé, crenças e práticas religiosas, e que é através de uma família bem estruturada e saudável que se pode construir uma comunidade e sociedade sadias. Portanto, abandonar a fé islâmica não significa apenas deixar de ler o Alcorão (livro sagrado do islamismo), de orar cinco vezes por dia ou parar de frequentar a mesquita. Significa também envergonhar a família diante da sociedade. Isso automaticamente destruirá relações familiares e comunitárias.

O indivíduo numa sociedade muçulmana é criado e disciplinado nos princípios religiosos e não deve agir segundo suas próprias convicções, mas segundo o conceito religioso existente na comunidade. É por isso que um muçulmano, quando se converte a Cristo, sofre tanta perseguição, a começar pela sua própria casa, e muitas vezes opta por praticar sua fé secretamente, pois, expor tal escolha à comunidade ou à família trará consequências dolorosas como a quebra de vínculos afetivos, a rejeição e o isolamento social.

quinta-feira, 27 de junho de 2013

Que terrível contraste! Isso é Brasil... fazendo de tudo pra impressionar os de fora sem pensar nos custos que pagam os de DENTRO... como dizem: "só pra ingreis vê"


"A fé sobe pelas escadas que o amor construiu, e olha pelas janelas que a esperança abriu" Charles H. Spurgeon

"Subiu o nível do Tibagi"

Nesta semana fomos surpreendidos pela força das águas do Rio Tibagi... a chuva cai, enche o rio e as águas seguem seu curso...

Muitas hipóteses para cheia, mas poucas respostas lógicas, mas o fato é que o frio está cada vez mais perto, famílias, mais uma vez, foram atingidas pela cheia do rio.

O que podemos fazer? Na prática, socorrer os vizinhos atingidos pela enchente, levantar donativos, lavar as casas e aos poucos contabilizar os prejuízos.

No entanto, fica a dica: "o rio não vai mudar de lugar, a chuva, à seu tempo, não deixará de cair, e, portanto, novamente o poderoso Tibagi poderá nos assustar e fazer estragos novamente... mas, as pessoas em áreas de risco poderão ser ajudas e conduzidas para outras regiões (?), bem como um estudo topográfico poderá ser realizado para impedir que novas edificações sejam estabelecidas em áreas baixas da cidade, evitando futuros problemas desta natureza.

Quanto ao mais, vamos orar à Deus, pedindo que sua bondosa mão nos ajude a vencer mais uma vez esta dificuldade e aprendermos com as adversidades. Uma frase para nossa meditação:
"A situação só está resolvida quando nós a resolvemos de fato... senão, continuaremos a padecer pelo mesmos males, a chorar pelas mesmas tristezas, a agonizar pela mesma dor."


Pr. Alex
Jataizinho - PR

quarta-feira, 26 de junho de 2013

Série: Sermão Caipira - II

SEU MOÇO EU JÁ FUI ROCEIRO...

Gosto desta música, "Caboclo na Cidade". Uma, porque me faz lembrar da vida simples, sem luxo, sem muita vaidade... porque me faz lembrar das pessoas que fizeram parte da minha vida e que agora não posso mais ver... porque me arremete a um tempo de criança... do futebol de domingo nas fazendas e das amizades sem "interesses". Um outro motivo, é porque ela me faz pensar, refletir sobre algumas questões muito sérias da vida.

Esta canção é um clássico da música sertaneja de raiz que aprendi a ouvir no rádio à pilha do meu tio Hélio. É uma música que conta a história de muitas famílias que se iludiram com as promessas de riquezas das grandes construções da cidade, que se encantaram com as luzes das noites agitadas da cidade grande... com os carros transitando pelas ruas, com as marcas estampadas nas roupas, as maquiagens e as fábricas cheias de novidades desconhecidas para as pessoas simples da roça.

Mas, a canção na verdade é o choro de um alma infeliz que é obrigada a viver uma vida que escolheu e que se sente muito cansada para retornar, sem forças para mudar o poder e as consequências das más escolhas.
Jesus ao falar as multidões, quando proferiu o Sermão da Montanha, disse: vinde à mim vós que estais cansados e sobrecarregados e eu vos aliviarei (Mateus 11.28). Quando Jesus falava aos cansados, alcançava certamente o coração de muitas pessoas que se ajuntavam ali para lhe ouvir, talvez, porque estivessem simplesmente cansadas.

Ter que conviver com as más escolhas da vida nos deixa cansados, estressados e tristes. Ver a família se desfazendo, os filhos se perdendo, e o casamento cercados de conflitos e desacertos, acaba com o ânimo de qualquer um! Não é assim que vivem muitas pessoas que você mesmo conhece?

Veja só que coisa: Pregam o direito do erro... o direito de escolher conforme a vontade, seguindo o desejo do coração ou da multidão, não é verdade? O único problema é que, os que tal direito defendem, não estarão ao seu lado caso alguma coisa dê errado e a amargura dos fracassos chegarem. Há muitas pessoas que se encontram sob a pressão das más escolhas, seja no casamento, na vida profissional, nas amizades e tantas outras áreas da vida, mas a mensagem pronunciada nos evangelhos a tanto tempo atras ressoa até nossos dias para lembrar que Cristo está vivo e se interessa pelo "cansados" de nossos dias.

Receba este convite sem reservas e descanse nos braços de Jesus, o Salvador e abençoador de sua vida. Infelizmente o marido da "Isabel" (narrador deste belo poema) que aparece nessa canção não pôde mais retomar sua vida, sua história e apenas teve que se conformar com a dura e triste sorte que lhe coube, mas com você pode ser diferente... "Entrega o teu caminho ao Senhor, confia Nele, e o mais Ele fará! (Salmo 37.5)

Pr. Alex
Jataizinho - PR

Caboclo na Cidade (Dino Franco e Moraí)
Seu moço eu já fui roceiro no triângulo mineiro onde eu tinha meu ranchinho.
Eu tinha uma vida boa com a Isabel minha patroa e quatro barrigudinhos.
Eu tinha dois bois carreiros muito porco no chiqueiro e um cavalo bom, arriado.
Espingarda cartucheira quatorze vacas leiteiras e um arrozal no banhado.
Na cidade eu só ia a cada quinze ou vinte dias pra vender queijo na feira.
E no mais estava folgado todo dia era feriado pescava a semana inteira.
Muita gente assim me diz que não tem mesmo raiz essa tal felicidade
Então aconteceu isso resolvi vender o sítio e vir morar na cidade.
Já faz mais de doze anos que eu aqui já to morando como eu to arrependido.
Aqui tudo é diferente não me dou com essa gente vivo muito aborrecido.
Não ganho nem pra comer já não sei o que fazer to ficando quase louco.
É só luxo e vaidade penso até que a cidade não é lugar de caboclo.
Minha filha Sebastiana que sempre foi tão bacana me dá pena da coitada.
Namorou um cabeludo que dizia Ter de tudo mas fui ver não tinha nada.
Se mandou pra outras bandas ninguém sabe onde ele anda e a filha tá abandonada.
Como dói meu coração ver a sua situação nem solteira e nem casada.
Até mesmo a minha veia já tá mudando de idéia tem que ver como passeia.
Vai tomar banho de praia tá usando mini-saia e arrancando a sobrancelha.
Nem comigo se incomoda quer saber de andar na moda com as unhas todas vermelhas.
Depois que ficou madura começou a usar pintura credo em cruz que coisa feia.
Voltar "pra" Minas Gerais sei que agora não dá mais acabou o meu dinheiro.
Que saudade da palhoça eu sonho com a minha roça no triângulo mineiro.
Nem sei como se deu isso quando eu vendi o sítio para vir morar na cidade.
Seu moço naquele dia eu vendi minha família e a minha felicidade!